...Como seria o mundo? Creio que não seja uma pergunta difícil de se responder depois de dois mil anos da história humana sob a influência de Jesus Cristo. Ele não somente dividiu a história em antes e depois, mas sem sua inspiração grandes conquistas da humanidade não teriam acontecido.
O trágico do Natal não estar no seu aspecto comercial, mas na sua visível banalização. A sociedade cristã se esqueceu daquele que não só se tornou humano, mas humanizou o mundo.
Muitos desejaram que Jesus não tivesse nascido (será esse o caso do filósofo Nietzsche e de Freud, o pai da psicanálise?). Todavia, é necessário dizer a todos eles, bem como a líderes anticristãos, do passado e do presente, que o enorme impacto da vida de Jesus sobre o planeta Terra foi positivo e não negativo. Nem mesmo a falsa afirmação que mais pessoas foram mortas “em nome de Jesus” do que em qualquer outro nome pode ocultar essa verdade. Somente em nome do Estado secular ou de uma ideologia ateia foram mortas, durante o século XX, mais de 130 milhões de pessoas, sendo que “em nome de Cristo” não se chega a um décimo dessa cifra em vinte séculos. Se os mortos fossem causa de invalidade, tanto mais deveria tornar invalidas tais ideologias e ciências! Já o número de pessoas salvas “em nome de Cristo” através da pregação, da criação de orfanatos, escolas, hospitais, ajuda humanitária e combate ao aborto, desde os primeiros séculos, é incomparavelmente superior a todo esforço que qualquer ideologia secular tenha praticado.
A humanidade de Jesus elevou a dignidade humana e em nome dele as praticas desumanas foram desmotivadas. Através dos ensinos de Jesus, o mundo conheceu o impacto da compaixão e da misericórdia no auxílio aos pobres. Foi em nome de Cristo que as faculdades e escolas foram criadas com um distintivo: a educação para todos (Martinho Lutero). Foi em nome de Cristo que o governo democrático encontrou abrigo, como dizia D’Augibné, historiador francês: “Calvino foi o fundador das maiores repúblicas”. Foi em nome de Jesus Cristo que as liberdades civis se tornaram uma realidade. Foi em nome de Jesus Cristo que nasceu a ciência moderna (alguns dos maiores pioneiros da ciência eram cristãos comprometidos: Johannes Kepler, Blaise Pascal e Isaac Newton). Foi em nome de Jesus que a livre iniciativa e a ética do trabalho veio a tornasse um fator decisivo para a economia e desenvolvimento do mundo (ainda não estou falando da tese de Max Weber). Foi em nome de Cristo que o sexo e a família conheceu sua fundamentação voltada à vida. Foi em nome de Jesus que a saúde e a medicina foi incentivada. Foi em nome de Jesus que o mundo conheceu a normalização moral sob as volições das pessoas. Foi em nome de Jesus que o mundo conheceu a beleza das artes e da música como meio de reproduzir a glória de Deus. E, em nome de Jesus incontáveis pessoas foram consoladas com a esperança e concretude da vida eterna.
Lamento que, devido o espaço, não seja possível colocar para as afirmações acima as devidas provas. Mas o bom senso mostrará que não será fácil cuspir nesse prato que alimentou o mundo com tudo aquilo que nenhuma ideologia ou ciência fez: motivar para amar a Deus e ao próximo.
A arte de se doar e de alegrar os outros foi o presente que Jesus legou à humanidade a fim de levá-la a quebrar a solidão através da abertura dos braços ao braço, dos lábios ao sorriso e do coração ao amor. Se Jesus não tivesse nascido, pelo menos não teríamos como transformar o nosso coração em manjedoura para que o Filho de Deus nascesse em nós e com ele toda a bondade divina para conosco!
Feliz Natal!