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⥽ Devemos administrar fielmente, o que Deus nos confiou ⥼ João Calvino

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┘•┌ CONVOCAÇÃO: 82ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO PRST

  São Vicente/SP, 04 de dezembro de 2023.     Assunto: Convocação à LXXXII Reunião Ordinária     Prezados pastores e Conselhos:     Por ordem do Presidente, reverendo Vulmar Dutra de Rezende, convoco o Presbitério de Santos (PRST) à LXXXII Reunião Ordinária , em data de 03 de fevereiro de 2024 (sábado), na Igreja Presbiteriana de São Vicente , sito à Av. Capitão-mor Aguiar, nº 612, Centro, São Vicente/SP, como segue: • 8h30 – Café da manhã , em recepção aos conciliares; • 9h30 – Início com o Ato de Verificação de Poderes . No Ato de Verificação de Poderes , os Presbíteros representantes das igrejas tomarão assento mediante a apresentação da Credencial (Carteiro de Presbitero) , Livro de Atas do Conselho e o Relatório e Estatística da igreja representada (CI/IPB, art. 68) . Os Pastores tomaram assento mediante a verificação de presença, devendo apresentar à Mesa a Carteira de Ministro e o Relatório Ministerial Anual ...

┘•┌ A RAINHA ELIZABETH E A IGREJA PRESBITERIANA

Ben Stansall/AFP | Jovem Pan

Rev. Alderi Souza de Matos *

Desde a morte da rainha Elizabeth II, no dia 08/09/2022, aos 96 anos, após inéditos 70 anos de reinado, o mundo assistiu com interesse aos eventos relacionados com os seus funerais e a ascensão do novo rei, seu filho Charles III. O que muitos não perceberam em tudo isso foi a profunda conexão que a falecida soberana teve com a Kirk, ou Igreja da Escócia, a igreja-mãe do presbiterianismo mundial.

Embora Elizabeth fosse, como todos os monarcas ingleses, a “Suprema Governante” da Igreja Anglicana, ela nutria profunda admiração pela Igreja da Escócia, conhecendo a sua história e considerando-a também a sua igreja. Em 24.06.1953, apenas três semanas após sua coroação, Elizabeth compareceu pela primeira vez como rainha à antiga Catedral de St. Giles (Santo Egídio), em Edimburgo, para um culto de ação de graças. Durante seu longo reinado, ela a cada ano enviava seu representante à Assembleia Geral da Igreja da Escócia, o Lorde Alto Comissário, geralmente um membro de sua própria família. Em duas ocasiões, ela compareceu em pessoa e falou à assembleia (1969 e 2002). Na segunda vez, declarou:

“Penso especialmente em minha tataravó, a rainha Vitória, que era devotada à Kirk, inclusive por causa do seu cristianismo direto e prático. Essa característica da Igreja da Escócia também tem exercido uma influência especial sobre minha própria fé.”

Quando estava na Escócia, a finada rainha, uma cristã convicta, frequentava regularmente, todos os domingos pela manhã, os cultos da Igreja Presbiteriana de Crathie.

De modo significativo, Charles III, dois dias após a morte da mãe, ao ser formalmente proclamado rei, em Londres, realizou como seu primeiro ato oficial o tradicional juramento sole- ne de “manter e preservar o estabelecimento da verdadeira religião protestante” na Escócia, “bem como o governo, culto, disciplina, direitos e privilégios da Igreja da Escócia.” No dia seguinte, 11 de setembro, o ataúde da rainha, que estava em seu retiro de verão, o Castelo Balmoral, foi levado em cortejo por 260 quilômetros até Edimburgo, sendo posteriormente exposto por 24 horas na Catedral de St. Giles, onde foi realizado um culto de ação de graças pela vida da soberana, com a presença da família real e de muitas outras personalidades destacadas.

Esse templo, o mais importante da Igreja da Escócia, foi palco no século 16 das pregações do grande reformador John Knox, cujo corpo foi sepultado no pátio anexo. O culto memorial foi dirigido pelo pastor da igreja, Rev. Calum MacLeod, sendo portador da mensagem o moderador da Assembleia Geral, Rev. Dr. Iain Greenshields. Este observou que a fé cristã de Elizabeth era genuína, como ficava evidente nas admiráveis mensagens de Natal que ela proferia todos os anos. Nessas ocasiões, a rainha falava claramente de sua confiança em Deus e do exemplo e ensino de Jesus Cristo, a quem procurava seguir da melhor maneira que podia. O orador acrescentou:

“Ela tem estado presente entre nós como uma seguidora de Cristo e membro da sua igreja. Por isso, e muito mais, damos graças a Deus, juntos, neste dia.”

Ironicamente, o nome do novo rei lembra eventos históricos pouco agradáveis para os reformados. Carlos I (1625-1649), forte adepto do episcopalismo e inimigo declarado dos puritanos, tentou impor o governo e a liturgia da Igreja Anglicana sobre os escoceses. Chegou a ordenar a produção de um Livro de Orações para a Igreja da Escócia. No dia 23/07/1637, quando o deão de Edimburgo, James Hannay, dirigia o culto segundo a nova liturgia na Catedral de St. Giles, uma humilde vendedora ambulante, Janet (Jenny) Geddes ficou tão indignada que lançou um banquinho em direção ao oficiante, bradando: “O diabo produza uma cólica no seu estômago, falso ladrão. Como ousa rezar missa no meu ouvido?” Os distúrbios dos meses seguintes levaram à assinatura do célebre Pacto Nacional em fevereiro de 1638.

Nos anos subsequentes, esses acontecimentos também tiveram importantes desdobramentos na Inglaterra. A guerra dos escoceses contra o rei Carlos I, no intuito de proteger a sua igreja, levou à convocação do Parlamento Inglês, cuja maioria puritana convocou a Assembleia de Westminster (1643), realizada na célebre abadia desse nome.

No dia 19/09/2022, esse local histórico foi palco das últimas despedidas da rainha Elizabeth II, com a cerimônia fúnebre oficial assistida por autoridades de todo o mundo. Ao entrar e sair do majestoso santuário, o cortejo passou a poucos metros da Câmara de Jerusalém, a sala na qual ocorreram as principais deliberações da assembleia dos puritanos. Apesar da importância da soberana falecida, como líder e inspiradora de várias nações, os documentos confessionais elaborados pela augusta assembleia nos lembram de que o verdadeiro governante e cabeça, da igreja e do mundo, é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

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* Rev. Alderi Souza de Matos é historiador da IPB. Artigo publicado no Jornal Brasil Presbiteriano. Ano 64, nº 815, Outubro de 2022, p. 03.

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